Capítulo 8 - Livrando-se dos Problemas
Emma correu em direção a um grande parque natural no centro da cidade. Ela o reconheceu, pois já esteve lá várias vezes antes, procurando insetos. Quando ouviu o gato chorando pela primeira vez, nunca imaginou que chegaria tão longe, ou que sequer seria possível. Naturalmente, ela sabe, no fundo, que o salto gigante que deu por cima das cabeças dos bêbados era estranho, mas não conseguia parar de correr. Nem naquela época, nem agora. Concluiu que devia ser a voz do gato a incitando a seguir em frente. Pode se preocupar com todos os pequenos detalhes daquela aventura mais tarde. O gato vem em primeiro lugar.
Emma sempre teve uma personalidade intensa, e parece que nem a própria Minato consegue reprimi-la. Embora não consiga entender que arranjo está sendo feito entre si, as duas se tornaram uma só tão naturalmente que mal notaram.
Mrrowr... A voz do gato continuou gritando na noite.
Havia mais pessoas quando a Emma chegou ao parque. Muito mais do que o número de bêbados que ela encontrou antes.
| Homem | [Para onde foi?!]
| Homem | [Encontrem! Precisamos de mais luz aqui!]
Os homens conversavam uns com os outros, claramente procurando por algo quando avistaram a Emma passando zunindo por eles. Eles tinham equipamentos semelhantes aos que seu pai usa em suas caçadas de monstros, mas os caçadores são servidores públicos contratados pela própria região — não são nada parecidos com o grupo desordeiro no parque naquela noite. Os caçadores de Pallas cuidam muito bem da aparência. Sem mencionar que a Emma teria reconhecido os oficiais, já que eles cuidaram dela quando ela estava em suas caçadas de insetos.
Então, quem são esses homens? Algumas pessoas de outros domínios querendo ganhar dinheiro rápido? Apenas um bando de rufiões? De qualquer forma, ela não vai parar para descobrir.
| Homem | [O que foi isso?!], um dos homens gritou depois que ela passou correndo por eles.
| Homem | [Um gato?]
| Homem | [Você encontrou um?!]
| Homem | [Não, eu acho que... era uma garotinha...?]
| Homem | [Indo tão rápido assim?]
Bem, parece que ela estava certa de que eles também estão atrás do gato. Afinal, dá para comprar uma casa inteira pelo preço que um gato vale neste mundo. Emma consegue entender por que eles estavam tão desesperados para colocar as mãos nele, embora não consiga deixar de se perguntar por que estavam procurando tanto. Ela sabe exatamente onde está: está bem ali, chamando por ela. Eles estão tão perto, então por que ainda precisaram continuar procurando? Mesmo que não possam ver, estava bem ali.
Só um pouquinho mais adiante. Não faltavam nem cem metros. Quando ela tentou correr ainda mais rápido, algo prendeu seu pé e ela saiu voando para frente com toda a força da corrida.
| Emma | [Ow, ow, ow! Espera... não dói nada?]
No momento em que ela tropeçou, sua aranha havia soltado mais fios, amortecendo sua queda. Mesmo depois de cair em alta velocidade, aquela teia a deixou completamente ilesa.
Emma examinou o pé e descobriu que algo havia se enrolado nele. Ela seguiu a linha e descobriu que havia sido agarrada por um dos homens do parque com... um chicote? Sim, é um chicote enrolado em sua perna.
| Emma | [O que há de errado com você?!], ela gritou. Embora quisesse repreendê-los pelo quão perigoso aquilo foi, percebeu que sua energia seria melhor gasta correndo do que gritando. Enquanto tentava se livrar do chicote, os homens a cercaram.
| Homem | [O que você está fazendo correndo em um momento como este, garotinha?], disse um dos homens com um sorriso maldoso. Mais e mais homens a cercavam. Emma não via espaço para escapar, e eles não parecem dispostos a deixá-la ir.
| Emma | [Eu... Hum...], Emma estava cheia de arrependimento e vergonha por ter uma visão tão limitada, mas isso não é algo de que ela possa rir. Parece ruim. Muito ruim. Ela esperava que sua aranha pudesse ajudá-la, mas ela sumiu quando ela foi tocar a cabeça. Deve ter caído quando ela tropeçou.
| Homem | [Ei, Chefe! Pegamos uma belezinha, huh?]
| Homem | [E olha a seda de alta qualidade nas roupas dela!]
Um dos homens estendeu a mão para tocar a camisola dela.
| Emma | [Não me toque!], gritou Emma, instintivamente dando um tapa na mão do homem.
| Homem | [Ow! Acha que pode ser atrevida com a gente só porque estamos pegando leve com você, sua pirralha?!], o homem ficou furioso e ergueu o punho. Emma fechou os olhos com força e cobriu a cabeça, mas nada aconteceu.
| Emma | [Huh?], de repente, uma rajada de vento passou por seus ouvidos e ela ouviu o som de algo caindo. Apenas o som. Emma não sentiu impacto algum.
| Homem | [Agh!]
| Homem | [Que diabos?!]
Emma ouviu o pânico se espalhar entre os homens enquanto os sons continuavam. Repetidamente, ela ouvia rajadas de vento, grunhidos de dor e sons de corpos desabando. Quando ergueu a cabeça, trêmula, viu um dos homens sendo arremessado para o alto... e ouviu o som do corpo dele batendo no chão.


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