- Caso 05

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Caso 05 - A Gigas com Força Hercúlea





*Snap*
*Snap, snap*

"Aghhhh!" (Dione)

A Deusa Gigante — Dione Nephilim, a gigas — soltou um grito lamentável.

"Isso quebrooouuu de nooovoooo" (Dione)

Com uma estatura cerca de dez vezes maior que a de um humano, Dione é a única sobrevivente da raça dos gigas. Ela não está gritando para causar um terremoto - esse grito é monótono e preguiçoso. Ainda há neve nas montanhas.
Dione está enrolada, ainda, mas ela está segurando duas pequenas - bem, pequenas para uma gigante como a Dione - ferramentas.

"Elas são muito pequeeenaaaas" (Dione)

Cada vez que ela levanta sua voz lamentável, os animais da montanha se reúnem ao redor. Há veados e cabras a seus pés e pequenos pássaros descansando as asas entre os cabelos de sua cabeça.
Coelhos selvagens afastaram a neve para se enterrar no calor de suas roupas.
O mais surpreendente de tudo, os lobos, que normalmente estariam comendo aqueles pequenos animais, deitaram-se aos pés da Dione, bocejando em vez de caçar.
Dione tem um ar especial que acalma os animais que normalmente estariam sujeitos à lei da selva.

"Ooohh, eu sou tão desajeitada", ela gemeu enquanto jogava fora o lápis que estava segurando em seus dedos.

É uma ferramenta de escrita moderna feita de madeira e grafite - uma invenção inovadora que não usa tinta, nascida do desenvolvimento da tecnologia de processamento de grafite. Os lápis ainda não haviam se tornado populares no continente, mas Lindworm tende a adotar novas tendências rapidamente e já tem uma rota comercial estabelecida e independente. Um grande carregamento de lápis havia chegado recentemente. As vendas foram boas e cada vez mais residentes estão adotando a ferramenta.
Mas são um pouco... Não, são muito pequenos para a Dione.

"Ahhhh. Que disperdíiiciioooo" (Dione)

Havia uma pilha de lápis quebrados aos pés da Dione.
Segundo a Illy, desde que apenas a haste de madeira esteja quebrada, ela poderia ser refeita na oficina. Mas isso não é desculpa para desperdiçar tantos produtos novos, especialmente porque eles acabaram de se tornar populares.
A alegação era de que os lápis são mais fortes do que as canetas de pena, e foi por isso que a Dione pensou que eles poderiam funcionar para ela. Mas não importa se é caneta ou lápis, o corpo da Dione é grande demais para todos eles.

Ela estava entediada.
A Deusa Gigante Dione tem muito tempo livre. Demorou dias para chegar à Vila das Harpias, mais próxima do pico da serra, e seus passos sempre foram confundidos com terremotos pelos que ali viviam.
É da natureza da Dione ficar parada. Depois que o médico dos monstro, Glenn, a examinou, os residentes da vila e uma mulher arachne a ajudaram a tomar precauções contra as temperaturas geladas. Ela nunca mais pegará um resfriado, mesmo que fique coberta de neve por 10.000 anos.
Normalmente, ela passa o tempo brincando com os animais. Às vezes vêm mercadores buscar o precioso gelo que só se encontra no cume da serra, outras vezes vêm os jovens da Vila das Harpias trazendo oferendas de comida, mas é só. A própria Dione é calma como uma planta, mas sua vida é imutável.
Ela decidiu mandar buscar lápis para se corresponder com as suas amigas.

"Eu pensei que poderia escrever uma caaarrtaaa" (Dione)

Ela queria escrever para a Skadi, a Cthulhy, o Glenn, a mulher lâmia e a mulher centaura. Ah, e o ancião da cidade que ela conhecia há muito tempo. E aqueles jovens que ela acabou de conhecer. Ela pensou que seria maravilhoso ouvir o que estava acontecendo em suas vidas, mas...

"Eu não posso fazer iiissoo" (Dione)

Os únicos que podem ouvir seus gritos são os animais. O novo javali sentou-se a seus pés e começou a roncar. Não há como contornar isso. Lápis de tamanho normal são pequenos demais para a Dione.

*Snap, snap, snap*
*Snap*

Os lápis que a Dione havia pedido para entregar no topo da montanha se partiram ao meio, um após o outro. Nesse ritmo, ela nunca será capaz de enviar nenhuma carta para Lindworm.

"Aaaagghhh" (Dione)

Ela se sentou enrolada, abraçando os joelhos.
Em suas mãos há um pequeno pedaço de papel e um pequeno lápis.
Nos últimos dias, Dione ficou frustrada ao tentar escrever. Nesse tempo, ela só conseguiu escrever algumas linhas. Além do mais, sua caligrafia parecia uma lâmia contorcida no papel. Está ilegível. Isso fez com que a desamparada gigas tivesse vontade de desmoronar e chorar.

"Heeey!" (???)

Dione pensou ter ouvido uma voz chamando de longe. Ela levantou a cabeça.

"Deusa gigaaantee!" (???)

Ela olhou para o céu e viu uma sombra enorme. As asas coloridas são grandes demais para serem de um pássaro, até mesmo de uma ave de rapina, e são muito mais requintadas do que a voz da oradora ou o seu rosto, que diz exatamente quem é.
É a Illy, uma menina com as asas mais lindas da Vila das Harpias.

"Yahoo, Deusa Gigante!" (Illy)
"Ohhh! Illy!", Dione mal conseguiu se impedir de acenar com os braços e, em vez disso, apenas sorriu para a amiga.



Se ela acenasse com as mãos, isso faria com que todos os pássaros aninhados em sua cabeça entrassem em pânico. Mesmo que não houvesse pássaros, ela sempre tentava minimizar seus movimentos.
Illy não tem sobrenome. Ela foi abandonada e nunca soube o sobrenome de seus pais. Ela é apenas Illy. Mas ela não se importou nem um pouco.

"Ei!", Illy pousou na cabeça da Dione com um sorriso no rosto. "E aí, Deusa Gigante? Oh, você quebrou mais lápis..." (Illy)
"Ahhh. Desculpe. Depois que você os trouxe até aqui" (Dione)
"Bem, imaginei que isso aconteceria, então trouxe mais um pouco para você" (Illy)

Assim que a Illy apareceu com sua voz alta, os animais sentiram o perigo e se espalharam de uma vez, de volta para as montanhas. Mesmo que eles não considerem a Dione uma ameaça, eles reagem como animais normais a Illy.
O pacote que a Illy segura em seus pés está cheio de lápis. Ela estava ocupada entregando pacotes em Lindworm como uma mensageira da Transportes Scythia. Claro, o pico da montanha da Dione faz parte de sua rota de entrega. Graças às asas da Illy, foi fácil chegar ao topo das montanhas Vivre. Poucas pessoas visitam a Dione, então o fato da Illy ter voado até aqui para trazer pacotes para a Dione e conversar significa que ela é alguém que a Dione pode chamar de amiga.

"Oh, Deusa Gigante, eu trouxe alguém comigo hoje", Illy bateu suas asas sobre a cabeça da Dione.
"O que?" (Dione)

Alguém?

A menos que seja outra harpia, não há muitos que possam voar até o pico da montanha. Há muito poucos monstros com habilidades de voar.
Illy recolheu os restos dos lápis espalhados e os colocou em uma sacola, fazendo tudo isso com os pés. Ao fazer isso, Dione inclinou a cabeça para o lado, tentando imaginar quem poderia ser o convidado.

"Muito tempo sem ver", uma pequena sombra desceu lentamente.

Bem na frente do rosto da Dione, em cima dos joelhos que ela abraçava com os braços, apareceu um rosto que ela conhece bem.

"Oooohh! Senhorita S-Skaaadii!" (Dione)
"Não me chame de senhorita, sou a representante da Câmara Municipal" (Skadi)
"Então o quêee? Heeey! Eu pensei que você não deveria voar porque você estava doeeennte? (Dione)
"Fiz uma cirurgia e agora me recuperei, graças a Doutora Cthulhy e ao Doutor Glenn" (Skadi)
"Oooh!" (Dione)

Skadi Dragenfelt.

Dione conhece o nome desde que Lindworm existe. Mas ela só conheceu a Skadi pessoalmente algumas vezes. Como ambas são longevas, ela queria conhecer a Skadi melhor, mas não era fácil para um dragão que não podia voar e uma gigas presa no pico de uma montanha encontrar tempo.
Quando ela estabeleceu a cidade, Skadi veio cumprimentar a Dione, mas seu rosto estava escondido por seu manto, e ela caminhou até o topo da montanha com muitos outros. Mas agora, as asas na parte inferior das costas da Skadi estão abertas para o voo. Ela havia retomado o luxo dos céus.

"Wooow! Isso é incrível! Deixe-me te dar um grande abraaaçoo!" (Dione)
"Pare com isso neste instante. Acabei de me recuperar. Se você continuar assim, eu vou voar!", Skadi se enrolou em uma bola.
"Você é um dragão, você vai ficar bem!", Illy completou.
"Já chega de você, Illy! Você sabe o quão forte é a Deusa Gigante?" (Skadi)
Dione abaixou a cabeça, desapontada por ter sido negada. "Ahhh... Isso é muito ruiiimm..." (Dione)

Seu corpo é grande demais para expressar suas afeições sem restrições. O mundo é muito pequeno para a espécie gigas viver. Foi por isso que todos os outros de sua espécie morreram, deixando apenas a Dione. Não havia como evitar, mas mesmo assim deixou a Dione triste. Sua perspectiva sobre a vida e a morte é muito diferente da dos humanos, mas ela ainda se sente solitária como a última de sua espécie.
É por isso que ela estava tão feliz que a Illy e a Skadi vieram vê-la.

"Fico feliz em ver que você está bem, Dione" (Skadi)
"Siiim, é sempre a mesma coisa pra miiim" (Dione)

Os gigas nunca mudam ou crescem. Embora a Dione tenha tentado escrever cartas como uma mudança de ritmo, descobriu que as letras também não crescem. Illy provavelmente levará os lápis quebrados para a oficina para serem consertados.

"Lápis não são de graça, você sabe. De onde você acha que vem esse dinheiro?" (Skadi)
"Muuuuito obrigaada!", Dione não conseguia abaixar a cabeça, então ela só podia expressar sua gratidão em palavras.

Illy sempre traz seus lápis. A harpia nunca disse nada, mas a Dione tem certeza de que a Skadi paga por eles, já que a Dione não tem como pagar pelas coisas. Mesmo assim, Skadi sempre se certificou dela ter maneiras de passar o tempo. Dione ficou feliz por isso.

"Eu sei que a Illy está aqui em sua ronda de entregasss, mas por que você está aquiii, Skadi?" (Dione)
"Eu só vim ver seu rosto, Dione" (Skadi)
"De jeito nenhuuumm! Você não tem tempo para isso. Você não está cansaado de vooaaar?" (Dione)
"Eu pensei que você poderia notar", o olhar no rosto da Skadi disse que a Dione está certa. Dione pode levar uma vida despreocupada, mas até ela sabe que a representante do Conselho Municipal não iria até o pico da montanha só para vê-la.
"Você nunca ouviu falar do doppelgänger... ouviu?" (Skadi)
"Claro que ouuviii" (Dione)
"Você provavelmente não teria, aqui na montanh- espere, você ouviu?" (Skadi)
"Os passarinhos que voam pela cidade me contaaaramm" (Dione)

Illy, que havia terminado sua tarefa de recolher todos os lápis, riu.
Ela é a carteira da cidade, responsável pelas cartas, pequenos pacotes e jornais. Se estiver dentro dos limites de peso, a Illy poder entregar qualquer coisa em um instante. Claro, isso significa que nenhum boato passou por ela. Illy é uma importante fonte de informação para a Dione, que não podia ir à cidade.

"Eu até viiii. Virou a Memé" (Dione)
"Você viu? É verdade, houve relatos dela", Skadi assentiu. "Nesse caso, não preciso explicar. A Câmara Municipal está tentando rastrear o doppelgänger. Parece que também era o coração falso que vivia como um parasita no meu peito" (Skadi)
"Oh nãao! Você vai pegáa-lo?" (Dione)
"Sim. Se possível, gostaria de conversar com ele" (Skadi)
"Isso vai seer difícil!" (Dione)
"Você está agindo como se não fosse da sua conta" (Skadi)

Dione não tem certeza do que a Skadi queria dizer. Não havia muito que a Dione pudesse realmente fazer. Ela está preocupada que o doppelgänger esteja causando tanto alvoroço na cidade, mas não é como se ela pudesse descer até lá – isso só causaria mais problemas. A única coisa que ela pode fazer é ficar fora do caminho e esperar pelo melhor.

"O problema é que o doppelgänger entende os movimentos da equipe de patrulha e os evita habilmente. Armamos uma rede no canal, mas apenas começamos, então ainda não o pegamos. O doppelgänger parece ser extremamente inteligente" (Skadi)
"Oh meeeuu" (Dione)
"Você tem alguma ideia de qual pode ser a verdadeira forma desse monstro, Dione?" (Skadi)
"..." (Dione)

Dione teve uma ideia.
Os gigas não são realmente deuses, mas já foram chamados de deuses gigantes. Dione conhece várias outras espécies que são chamadas de deuses da mesma forma. A vida útil da Dione é mais longa que a da Skadi, e a Skadi agora está colocando esse conhecimento em uso.

"Bem, isso remonta a quando os ancestrais da senhooriita Cthulhy eram chamados de deuses maléeevolos e coisas do gênero" (Dione)
"Então, há milhares de anos..."
"Sim. Ah, mas os ancestrais da espécie scylla não eram máaauuss. Eles apenas pareciam um pouco assustadooores. Mas havia muitas histórias deles sendo gentis com os gigaasss" (Dione)
"Você está se desviando. O que isso tem a ver com os... deuses malévolos?" (Skadi)
"O subordinado desses deuses malévolos — em outras palavras, seus aidddes — podiam se transformar em qualquer coiiisa e fazer quase qualquer tipo de trabaaalho" (Dione)
"Tive a sensação de que isso era algo do passado distante" (Skadi)
"Eles não eram apenas capazes de mudar o fooorma. Eles também foram pensados para ter conhecimento e força significativos. E ouvi dizer que eles têm a capacidaaade de dividir e multiplicaaar" (Dione)
"Parece que eles têm muitas semelhanças com os slimes..." (Skadi)
"Bem, eu ouvi dizer que quando esta espéeecie em particular se divide e se multiplica, as sobras realmente se transformam em sliiimes" (Dione)

Skadi franziu a testa.
Espécies que viveram tanto tempo às vezes possuem tais habilidades. Se esta espécie serviu aos deuses malévolos, então eles existiram por muito mais tempo do que a Skadi – e até mesmo a Dione. Se eles estão causando confusão em Lindworm... Skadi não poderia nem prever o que aconteceria.

"Chamá-los de espécie é muito vago. Você consegue pensar em mais alguma coisa útil?" (Skadi)
"Aaah, bem, acho que eles se chamavam shoggoths?", ela só tinha uma vaga lembrança do nome, mas tinha certeza de que estava correto.

"Shoggoth... eu vou me lembrar disso" (Skadi)
"Siiim", Dione sorriu.

Ela está feliz por poder ajudar a Skadi, embora não estivesse claro se o doppelgänger realmente é um shoggoth ou não. Dione só sabe dos rumores que circulam pela cidade, e não cabe a ela fazer hipóteses sobre o que realmente é. Mas se alguém lhe pedir ajuda, ela fará o que puder.
Dione não consegue se mover. Qualquer movimento, por menor que seja, cria problemas para os animais, monstros e humanos ao seu redor, e ela tem um coração mole demais para se perdoar por criar tal comoção. Skadi está ciente disso, e foi por isso que ela voou para o pico da montanha, mesmo enquanto se recuperava de uma doença.

"Eu me pergunto se os shoggoths poderiam viver na cidaaade" (Dione)
"Nós nem estamos considerando isso ainda. Primeiro, precisamos descobrir se eles podem se comunicar" (Skadi)
"Uma espécie que poode ouvir as ordens dos deuses maléeevolos provavelmente pode manteer uma conversação" (Dione)

Dione não se moveu do pico da montanha por um longo tempo, e ela não conhece mais nenhum deus real, mas ela sabe que ainda há espécies entre as civilizações dos monstros imaturas que adoram deuses - gigantes e outras criaturas semelhantes. Mesmo os dragões, como a Skadi, são considerados deuses em alguns lugares. Dione pode possuir uma força enorme, mas este continente é simplesmente pequeno demais para um ser como ela viver. Alguns gigas foram dormir no fundo do oceano, enquanto outros criaram seus próprios reinos no céu para se esconder. Até mesmo o dragão ancestral da Skadi havia fugido para seus recintos sagrados. Não importa onde eles nasceram, os shoggoths têm que ser almas gêmeas da Dione e da Skadi. Eles vieram de uma época em que os deuses eram comuns e familiares.
Não há como eles não conversarem.

"Eles ficarão beeem em Lindworm" (Dione)

Mesmo o médico que examinou o resfriado da Dione nunca pensou que ela não pudesse falar simplesmente porque era uma gigante. E embora ela parecesse quebrar tudo com o menor dos movimentos — quantos lápis ela havia quebrado apenas tentando escrever uma carta? — Skadi e Illy também nunca a trataram como uma deusa. Não sobrou ninguém que sequer pensaria em chamá-la de deusa. Bem, as harpias ainda a chamam de 『Deusa Gigante』, mas elas não falam por mal, então ela não as impediu. Ela não quer ser uma deusa, ela só quer ser um monstro normal...
E, se possível, ela também quer que os shoggoths se tornem uma das espécies de monstros residentes de Lindworm.

Ah, mas...

Dione olhou para a Skadi com os olhos escondidos atrás de seu cabelo. De acordo com a Skadi, o doppelgänger viveu dela há muitos anos. Skadi não é do tipo que se preocupa com coisas insignificantes, então ela poderia perdoar facilmente. Mas mesmo se ela o perdoasse, os residentes de Lindworm seriam tão indulgentes?

"Posso te dar um conseeelho?" (Dione)
"Vá em frente" (Skadi)
"Tenho certeza que a compreensão dos shoggoths sobre o mundo atual é inferior a nooosssaaa. Eles só serviram aos deuses malévolos..." (Dione)
"E daí?" (Skadi)
"Eles podem ter conhecimento e inteligêeenncia... mas quando se trata de moralidade e ética, eles podem ser muito imatuuuuros. Talvez até mais imaturos que uma criança" (Dione)

O fato de o doppelgänger ter imitado o coração da Skadi foi um excelente exemplo. Embora ainda seja um mistério por que infestou a Skadi, o resultado foi que quase a matou. Geralmente, os parasitas só matam seus hospedeiros quando encontram outro e estão prontos para partir...
Isso significa que o doppelgänger tinha outro hospedeiro alinhado para si mesmo depois de matar a Skadi?

Não... Dione pensou. Nenhum corpo seria um hospedeiro tão rico quanto o de um dragão. Ele não pensou tão à frente.

Como a Dione não consegue se mexer, ela tem muito tempo livre. Ela tem tempo de coletar tudo o que ouviu da Illy até agora, considerar todos os ângulos e contemplar. Pode parecer que ela é preguiçosa, até parecendo tola às vezes, mas na verdade ela possui a sabedoria digna de ser chamada de deusa.

"Não tem nenhum sentido de raciocínio, então pode causar danos mesmo sem significar muuuuito. O fato da Skadi quase ter morrido é a prova diiiisso" (Dione)
"Ainda não houve relatos de um doppelgänger atacando alguém" (Skadi)
"Sim, bem, talvez se sinta maaall sobre o que fez" (Dione)

Shoggoths deveriam ter uma alta capacidade de aprendizado. Se o doppelgänger machucasse alguém, Skadi e a equipe de patrulha o rastreariam incansavelmente. Se isso acontecesse, eles não tentariam colocá-lo em custódia protetora ou apreendê-lo - as ordens seriam para destruí-lo. Dione se perguntou se o doppelgänger entendia tanto assim. Mesmo que os shoggoths não tivessem senso de razão, o doppelgänger parece estar se esforçando para entender outros monstros. Talvez seja por isso que está se transformando em várias formas. Se estiver se transformando para aprender...
O que aconteceria se, uma vez terminado o aprendizado, ele decidisse que não havia problema em ferir outros monstros?

"Por favor, tenha cuidaaaado. Ouvi dizer que as pessoas que encontram seu doppelgänger moorreem" (Dione)
"Eu sei disso. Mas não é porque fantasmas e espéctros lhes mostram uma ilusão? Um fantasma possui alguém e mostra uma alucinação de algo que não é real. Então a pessoa possuída pelo espírito maligno fica cada vez mais fraca... Foi isso que fez todos pensarem que se você visse seu doppelgänger, morreria" (Skadi)
"Talvez isso não seja tuuudo" (Dione)
"Voce sabe de alguma coisa?" (Skadi)
"Não sei de nada. Mas, o boato dos doppelgängers se espalhou por toda a cidaaade. Parece que as histórias de morrer quando você vê que seu doppelgänger pode se tornaar realidaaade. Não seria horríiiivel?" (Dione)

Claro, isso não passa de um pressentimento que a Dione tem. Mas foi o suficiente para deixar a Skadi mais alerta. A Dragonesa ficou quieta por um momento, então abriu as asas na parte inferior das costas.

"Obrigada por sua ajuda, Dione" (Skadi)
"Nããão tem probleeema. Por favor, venha me ver de novameeente" (Dione)
"Se eu sentir vontade", Skadi disse secamente.

Mas a Dione ten a sensação de que ela voltará. Depois que a Skadi recuperou sua habilidade de voar, o primeiro lugar que ela veio foi o pico da montanha. Ela provavelmente voltará inesperadamente.

"Ok então, Deusa Gigante. Eu também vou", disse Illy, abrindo as asas. Ela havia recolhido todos os lápis quebrados.

Illy estava impaciente. Ela e a Dione se dão bem, mas a maneira como usam o tempo é completamente diferente. A tendência da Illy é se apressar e terminar o que quer que esteja à sua frente. Se você desviasse o olhar por um segundo, ela já estaria voltando para Lindworm.

Dione se sentiu perturbada. Ela esticou o braço. "Espeeera!" (Dione)
"Arrrgh!" (Illy)

Dione agarrou Illy pelo pescoço com os dedos, como se estivesse pegando uma libélula. A diferença em seus físicos é enorme e a Illy está lutando.

"Aaah! O que?!" (Illy)

Dione havia assustado a Illy. Isso acontecia às vezes quando ela se movia, mesmo que ela se movesse sem a intenção de machucar alguém. Ela é melhor ficando quieta.

"Ummm. Descuuuullpe. Eu tenho um favor a pediiir" (Dione)
"Huh?" (Illy)
"Eu quero que você entregue uma carta para mim" (Dione)
"Você quer?", Illy fez sua cara séria de mensageira. Assim que ouviu a palavra 『carta』, não conseguiu ficar calada. Ela escorregou da mão da Dione, caindo no chão. "Sem problemas! Eu entrego onde você quiser!" (Illy)
"Obrigaaada. Vou escrever agooora" (Dione)

Dione pegou um papel e um lápis. Ela já havia decidido o que escrever. Era sobre o doppelgänger e como era importante e necessário para Lindworm ser o tipo de cidade que acolhe qualquer monstro. Deve ser fácil transformar isso em uma carta.
Dione decidiu-se e agarrou o lápis.

"Ummm" (Dione)

Ela colocou o lápis no papel, determinada a escrever.

*Snap*

"Aaaah" (Dione)

Não adianta. Não havia nada que pudesse ser feito.
Recomponha-se e tente novamente. Ela pegou outro lápis e escreveu uma letra.

*Snap*
*Snap, snap. Snap*

"Ooooooooh" (Dione)

*Snap, snap, snap*
*Snap*

Quando ela desperdiçou cerca de dez lápis, Illy falou.

"Ummm... Deusa Gigante? Eu tenho que fazer entregas esta tarde, então eu preciso ir" (Illy)
"Ahhhhhh" (Dione)
"Volto esta noite, okay?" (Illy)
"E-eu sinto muuuito..." (Dione)

Mesmo que a Dione ainda tenha muitos lápis extras, nesse ritmo, ela levará um dia inteiro apenas para escrever uma letra. Ela nem sabe se conseguirá terminar. Mas é vital para a Dione escrever a carta e para a Illy entregá-la o mais rápido possível.

"E-eu vou fazer o meu melhooorr! Vou me esforçar mais do que em qualquer coisa nos últimos miil anos!" (Dione)
"Okay! Estarei esperando!", Illy, com sua alegria infinita, ria enquanto suas asas vermelhas brilhavam ao sol da tarde.

Aparentemente, Illy costumava se lamentar muito, mas é difícil imaginar isso olhando para ela hoje. A jovem harpia bateu aquelas asas de cores vivas e voou para Lindworm. Sempre que tem tempo entre as entregas, ela voa para o pico da montanha. Ela se tornou uma parte insubstituível da vida da Dione.

Agora, então.

"Vamos láaa!" (Dione)

Dione. A desajeitada Deusa Gigante. A que não traz nada de bom quando se move. Mesmo assim, é importante para ela mover a mão agora. Ela segurou o lápis - que para ela é o equivalente a uma agulha minúscula em termos humanos - e começou a escrever sua carta. Mas assim que ela ficou muito animada—

*Snap*

"Oooohhhh!" (Dione)

A Deusa Gigante soltou um lamento lamentável.
Alguns coelhos pulavam em volta de seus pés, como se para confortá-la.


❉ ❉ ❉



Ela terminou naquele dia.
Cercada por animais, Dione finalmente conseguiu escrever a carta que precisava entregar a Illy. As palavras foram rabiscadas na língua oficial do continente, a língua comum. Parecem lâmias contorcidas, e provavelmente havia algumas frases antigas misturadas que seriam difíceis de entender, mas a Dione acredita que o destinatário da carta seria capaz de decifrá-la, então ela confiou a carta para a Illy.
Ela acredita que seus pensamentos, reunidos no topo de uma montanha da qual ela não pode se mover, precisam ser entregues.

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