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Prólogo

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Uma garota estava em um pequeno quarto. Tem uma cama, um conjunto de ferramentas de costura e vários bichos de pelúcia. Isso é tudo o que cabe no espaço. Ela deu um passo e sentiu seu pé pisar em algo úmido e morno. Seus olhos, que estavam fechados de puro horror, se abriram para ver sangue fresco cobrindo uma das paredes. Seu coração pulou uma batida. Seu sangue congelou quando um arrepio percorreu sua espinha, roubando seu corpo de sua força.

「Mamãe...?」, ela sussurrou, com a voz trêmula. Ela reconheceu a roupa que viu, agora manchada de vermelho vivo. Ela balançou a cabeça em descrença enquanto olhava. Seu pé esbarrou em algo redondo. 「Mamãe...」, ela disse em voz baixa. 「Sua cabeça caiu...」 (Menina)

Tudo está ficando vermelho. Não apenas no quarto, mas em sua mente também. Tudo parecia irreal. Mas o cheiro de sangue, forte o suficiente para fazê-la querer vomitar, trouxe-a de volta à realidade.

「Wahhh...! Papai...!」, ela soluçou, lutando para falar em meio às lágrimas. Mas não houve resposta. Ela está sozinha. Tudo o que há para cumprimentá-la é um par de cabeças decapitadas. Ela só conseguia gritar. 「Ah... Aaaaaaaaaahhh!!!」 (Menina)
「Por quê?!」, ela exigiu, fechando os olhos e saindo do quarto. 「Por que isso está acontecendo?!」, ela não entendeu, então ela simplesmente escapou. Ela tentou se enganar, dizendo a si mesma que o que ela tinha visto não era real, que era apenas um pesadelo. Seus próprios pais dirão isso a ela quando chegarem em casa.

Quando chegarem em casa...

Sim, isso é certamente o que eles dirão.
Repetindo essas palavras para si mesma, a garota correu. Com a respiração ofegante, ela abriu caminho através da multidão de pessoas, indo até uma pequena árvore isolada em um terreno vazio no fundo de um beco. Há um frágil balanço caseiro pendurado em um de seus galhos. Ela se sentou e permitiu que o vento a balançasse.

「Não...」, ela engasgou, o peso de seu desespero a esmagando. 「Eu não quero ficar sozinha... Papai! Mamãe!」 (Menina)
「Coitadinha」, veio uma voz. 「Você quer seus pais de volta?」, a garota não conseguia ver de quem era a voz. Ela não conseguia ver nada graças às lágrimas em seus olhos. Mas a voz parecia gentil. Agonizantemente, dolorosamente gentil.
Ela não tinha para onde recorrer, exceto para esta voz gentil. Ela não tinha motivos para continuar a viver. 「Sim!」, ela soluçou. 「Eu quero ver meu papai e mamãe de novo!」 (Menina)
「Faça um desejo, então」, disse a voz. 「Eu darei a você um vaso vazio e você se reunirá com o pai e a mãe de suas memórias」 (Voz)

E assim, a menina fez um desejo. Ela desejou encontrar seus pais novamente, mesmo que apenas mais uma vez.