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◆ Capítulo 6: Ugh! ◆

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"Estou tão frustrada...!", eu resmungo enquanto me afasto do escritório do rei. Cia, Nady e Lex estão me deixando desabafar. Eu me sinto mal ao expressar minhas reclamações, mas não consigo superar meu aborrecimento a menos que fale sobre isso.
"Você sempre age como se não fosse seu problema. Estou surpreso em ouvir que você ativamente deseja purificar zumbis, Lady Mizuha", diz Lex.
"Eu ainda odeio isso. É perigoso, assustador e cheira pior do que queijo bleu deixado no sol para apodrecer!" (Mizuha)
"P-Por que você está frustrado então?" (Lex)
"Ugh... não sei como explicar..." (Mizuha)

É em momentos como este que eu desprezo especialmente minha incapacidade de comunicar meus sentimentos. Com um pouco de tempo, acho que poderia resolver isso, mas ainda é uma confusão para mim agora.

"Se as circunstâncias fossem diferentes, Sua Majestade daria a ordem de purificar o maior número de pessoas possível. Mas é um dado adquirido que o povo de Cladorca nos pressionará a purificar sua Capital Real a seguir", argumenta Lex. "Isso só aumentará os inimigos externos de Grantz, pois eles certamente nos ameaçarão com força militar" (Lex)
"Eu sei. Mas eu não purifico as pessoas por razões políticas", eu argumento.

Eu odeio o fedor de zumbis de todo o coração, mas eu odiaria ainda mais que houvesse derramamento de sangue. Eles subestimam a sensibilidade de alguém que cresceu preguiçosamente em um país pacífico.

"Além disso, eu duvido que as pessoas deste mundo possam suportar viver com medo de zumbis para sempre. Não pense apenas porque eles estão além da fronteira que você pode ignorá-los" (Mizuha)
"E-Esse é outro problema..." (Lex)

Ver o Lex perplexo me dá dor de cabeça. Eu sei que estou sendo obstinada, mas também não estou errada - nem o Lex ou Sua Majestade. Eu exalo todo o ar que posso, na esperança de que isso me livre da irritação crescendo em meu peito.

"Estou sendo infantil?", eu murmuro.
"Acho que não" (Nady)
"... Nady" (Mizuha)
"Você está pensando em todos da mesma forma, fora dos limites das lealdades políticas" (Nady)

Só de ouvir isso alivia um pouco do peso que pressiona sobre mim. Por outro lado, ter minha opinião reconhecida me faz pensar se estou no caminho certo ou não. Eu ainda não sei o que é certo.

Cia cruza as mãos e põe a cabeça ao meu lado. "Me desculpe, Irmã" (Cia)
"Não é sua culpa Cia" (Mizuha)
"Mas foi meu pai quem tomou a decisão", não pensei nisso. Ao criticar o rei, estou fazendo sua filha se sentir culpada. Eu não deveria ter desabafado na frente dela.
"Me desculpe, Cia" (Mizuha)
"... Irmã" (Cia)

Eu corro meus dedos por seus cabelos como uma oferta de paz. Um pouco da tensão sai das suas bochechas enquanto ela relaxa.
Eu ainda preciso crescer. Eu falhei como sua 【irmã mais velha】. Eu começo a me envolver em uma séria busca de consciência quando um homem baixo aparece.
Seu rosto barbudo é muito áspero para adivinhar sua idade. Orelhas triangulares se erguem em sua cabeça e uma cauda marrom balança atrás dele - ele é um Lucor. Os olhos de gato do homem se arregalam quando ele vê a Nady.

"... Nady?" (Lucor)
"P-Pai?" (Nady)

Eles não são apenas conhecidos, mas também pai e filha. Exceto à distância, sua altura é tão diferente que você confundiria qual é qual. De perto, o pai está claramente enrugado - mais velho, então não há como confundir seu relacionamento.

Percebendo minha surpresa, Nady rapidamente o apresenta. "Hum, este é meu pai. Pai, esta é Mizuha. Tenho certeza que você já sabe disso, mas ela é a Sacerdotisa Sagrada que nos salvou" (Nady)
"Olá, senhor", saúdo com a cabeça baixa. O pai da Nady tem um rosto severo - eu naturalmente preferi ser educada.
"Muito obrigado pela ajuda do outro dia, Sacerdotisa Sagrada. Permita-me, Theos Ol Jino La Tiro Muo Lucor, agradecer-lhe em nome do meu povo" (Theos)
"Eu estava apenas fazendo meu trabalho, senhor. Eu vejo nomes longos na família" (Mizuha)
"Você pode me chamar de Theos" (Theos)

Eu gostaria que ele tivesse se apresentado com aquele único nome na época, mas deve haver uma razão cultural para começar com o nome completo. Preciso que a Nady me ensine o significado de seus nomes algum dia, em breve.

"Por que você veio ao castelo, pai?" (Nady)
"Eu o convoquei" (Oden)

A pergunta da Nady foi respondida por um homem gigante que veio de um canto diferente. Este homem musculoso é Oden Jaxor. Ele é o Rei das Investidas que inevitavelmente fere a todos em seu caminho e é o capitão dos Cavaleiros Reais de Grantz.

"Lucors são alguns dos melhores arqueiros do mundo. Depois de ouvir sobre o pássaro zumbi na capital, decidi solicitar sua ajuda no treinamento dos nossos homens no manuseio do arco e flecha e ele graciosamente aceitou" (Oden)
"Também esperávamos retribuir o favor do empréstimo de alojamentos na Capital Real e isso apresenta a oportunidade perfeita para fazê-lo" (Theos)

Ambos os lados podem se beneficiar com o acordo. Parece uma situação em que todos ganham.

Sir Oden aperta a testa por um momento antes de encarar a Cia. "Você gostaria de assistir, Sua Alteza? Sua presença certamente aumentará o moral. Eu adoraria que as outras duas senhoritas se juntassem também" (Oden)
"Se a Irmã quiser eu vou" (Cia)
"Depende de você, Mizuha" (Nady)

Parece que tenho a palavra final do dia. Eu não sou um fã de tomar decisões, mas estou feliz por uma vez que isso recai sobre mim. Afinal, parece a coisa perfeita para me distrair da política frustrante.

"Eu quero ir. Parece uma oportunidade única" (Mizuha)