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◆ Capítulo 2: Fontes Termais com Amigas ◆

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"É a Sacerdotisa! Sacerdotisa Mizuha voltou!" (Pessoa)
"Olhe para todas as pessoas que ela salvou! Nossa Sacerdotisa nunca para de nos surpreender!" (Pessoa)
"Ahh, eu quero que ela me bata de novo!" (Pessoa)
"Eu não posso esquecer seu Tapa Sagrado!" (Pessoa)

Uma grande multidão nos recebeu nas ruas quando finalmente retornamos de nossa expedição de três dias. A maioria das pessoas me elogiou, com comentários pervertidos ocasionais entre eles.

"A-Ahaha... obrigada...", aceno para as pessoas enquanto ando em sintonia com os Cavaleiros Reais.
"Lady Mizuha?", Lex inclina a cabeça e olha meu rosto. "Você não parece bem. Algo está errado?" (Lex)
"Não. Estou apenas surpresa que eles saem às ruas para nos receber de volta todas as vezes. Eles ainda não estão cansados disso?" (Mizuha)
"Isso só mostra o quanto eles te adoram, Lady Mizuha" (Lex)
"Estou feliz que eles gostem de mim, mas isso é um pouco demais. Além disso, não sou a única pessoa que salvou pessoas. Cada soldado lutou por suas vidas para que isso acontecesse, então eu gostaria que eles pudessem compartilhar da mesma glória" (Mizuha)
"Lady Mizuha..." (Lex)

Pode ser inevitável que minhas contribuições se destaquem mais por causa do meu título como Sacerdotisa, mas eu gostaria que eles esbanjassem alguns desses elogios para outras pessoas que estão lutando pela mesma causa.
Pelo menos é o que tento fazer.

"Seus sentimentos por si só são suficientes para nos manter em movimento", diz o cavaleiro à minha esquerda.
"De fato. Posso me abster de comida pelos próximos dez dias, sustentado apenas por suas palavras!", concorda o cavaleiro à minha direita.
"Não faça isso! Não posso deixar você desmaiar, então coma por favor", eu insisto.

Posso fazer um suprimento infinito de maçãs - não há necessidade de não comer.

"T-tantas pessoas" (Lucor)
"Nunca vi tantos humanos antes" (Lucor)
"Eles são todos tão grandes...!" (Lucor)

Eu ouço várias vozes admiradas atrás de mim. Seguindo os cavaleiros marchando comigo estão as pessoas que purifiquei ontem. Há um número maior de Lucors do que de humanos conosco neste momento.
Depois de inicialmente salvá-los, os Lucors queriam permanecer na floresta. Mas eu os convenci a vir conosco explicando o alto risco de rezombificação. Foi decidido que eles vão residir temporariamente na capital de Grantz.
Os Lucors parecem oprimidos pelo povo do Reino Grantz. Tenho certeza de que o mar de humanos é uma parte disso, mas pode ter mais a ver com a diferença de altura. Então, novamente, a única Lucor alta - Nady - parece igualmente assustada.

Eu desacelero até estar andando ao lado da Nady. "Muito alarmante, não é?" (Mizuha)
Nady engasga quando me nota. "É-é. V-você é muito popular...", ela nervosamente desvia o olhar de mim antes de adicionar rigidamente: "Peço desculpas pelo outro dia... Eu não sabia que você era a Sacerdotisa Sagrada" (Nady)
"Eu não sou tão grandiosa quanto eles me fazem parecer. Eu sou apenas uma estudante que purifica zumbis com os poderes que a Deusa escolheu aleatoriamente para me dar. Você não precisa me prestar nenhum respeito extra" (Mizuha)
"Mas... é um fato que você está constantemente enfrentando zumbis" (Nady)

Ainda é assustador encontrar zumbis, mesmo com a capacidade de purificá-los. Posso dizer que Nady me respeita porque ela entende isso. Por alguma razão, isso me deixa mais feliz do que o normal. Meu instinto estava certo: Nady e eu poderíamos nos tornar bons amigos.

"Ei, Nady? Quantos anos você tem?" (Mizuha)
"... Perdão?" (Nady)
"Mm, é uma questão de quantos anos você viveu", eu expliquei.
"Dezessete para mim" (Nady)
"Eu também..." (Mizuha)
"Eu sabia! Achei que parecíamos ter quase a mesma idade!", eu não tenho como saber quanto tempo os Lucors vivem, mas tive um palpite de que ela tinha mais ou menos a mesma idade.
"Irmã!" (Cia)

Uma garota sai correndo do castelo seguindo aquele grito adorável. Com seu vestido turquesa e cabelos dourados adornados com joias esvoaçando ao vento, Cia Greenfield vem direto para mim. Esta princesa planeja pular em meus braços a uma velocidade vertiginosa.
Isso não vai acabar bem.

Estendo minha mão esquerda e grito: "PARE!" (Mizuha)
"AGH! I-Irmã?!", Cia geme, sua testa entrando em contato com a palma da minha mão. Seus olhos lacrimejantes olham para mim com a pergunta silenciosa de por quê.

Eu adoraria nada mais do que apertar minha adorável Cia neste segundo. Afinal, ela é um dos meus poucos oásis neste mundo infestado de zumbis. Mas...

"Desculpa! Não podemos nos abraçar ainda" (Mizuha)
"P-Por que não?" (Cia)
"Uh, bem, você sabe. Acabei de voltar de uma corrida de tapas em zumbis e de uma expedição de três dias", não posso deixar de me assustar com o meu próprio odor corporal.
"Não seja assim... Não há nada do que se envergonhar, Irmã" (Cia)
"Você gostaria de desmaiar de novo hoje?" (Mizuha)
"E-eu prometo que aguentarei hoje com certeza!" (Cia)
"Mas você não tem que sofrer com isso" (Mizuha)

O sentimento é suficiente para mim. Ou melhor, não posso deixar de sentir como se ela estivesse desmaiando por causa do odor natural do meu corpo, e isso honestamente é um grande golpe para a minha autoestima.

"Hum, hum... Eu preparei o banho para você" (Cia)
"Essa é a minha Cia! Você sabe do que eu gosto!" (Mizuha)

Como ela conhece meu amor por um bom banho, sempre tem um preparado para mim quando volto das expedições. Eu não poderia ter pedido uma 【irmã mais nova】 melhor.

"Oh, sim, posso trazer mais alguém comigo?", eu perguntei.
"Eu não me importo, mas... é a Senhorita Íris?" (Cia)
"Não. Nunca será ela" (Mizuha)

Íris é uma mulher com alguns parafusos soltos que me adora como uma Deusa. Ela sempre exagera nas coisas e constantemente causa problemas. Ela não é ruim no coração, mas... Eu não me sinto segura perto dela, então evitarei tomar banho junto com ela tanto quanto possível. Temo que a água fique vermelha com o seu nariz sangrando.

"É uma garota que acabei de conhecer. O nome dela é Nady", digo enquanto me viro para a Nady. Seus olhos se reviram quando encontram os meus. Ela olha para trás, para a esquerda, depois para a direita antes de apontar para si mesma em descrença.
"V-você quer dizer eu...?" (Nady)

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"Esta é definitivamente a melhor coisa depois de uma longa jornada" (Mizuha)
"Você vai fazer isso por mim também, Irmã?" (Cia)
"Mas é claro. Aqui vai!" (Mizuha)

Assim que entrei na casa de banhos do castelo, derramei água morna na cabeça. A pedido da Cia, faço o mesmo por ela também. Isso se tornou nossa tradição antes de entrar na água do banho.
Encharcada da cabeça aos pés, Cia parece um cachorrinho molhado com seus longos cabelos grudados no corpo. A única coisa que a diferencia de um cachorro é que ela não sacode a água. Ela fica perfeitamente imóvel, de olhos fechados. Rindo sobre como ela é bonita, eu corro um pente em seu cabelo e removo o excesso de água ao redor de seus olhos.

"Você pode abrir os olhos agora" (Mizuha)
"Obrigado por sempre me enxaguar" (Cia)
"A qualquer momento!" (Mizuha)

A próxima etapa geralmente é mergulhar na água, mas não podemos fazer isso ainda. "Planejando vir aqui em breve, Nady?", eu a chamo por cima do ombro com uma risada.

"M-Mas... é realmente certo alguém como eu participar de tal luxo?" (Nady)

Nady ainda está parada na porta. Ela parece uma pessoa completamente diferente com o cabelo solto. Ela parece mais madura assim. E bem dotada. Raramente vi alguém tão voluptuosa no Japão.

"Não fale baixo sobre você. Você não tem que fazer cerimônia comigo", eu a lembro.
"Eu acredito que os outros deixaram claro para você o que pensam de mim..." ela murmura.

Os Lucors parecem discriminar a Nady. Eu os ouvi zombando dela como uma gigante, uma aberração, um pé de feijão e com variações da palavra 【inútil】 durante nossa viagem de volta.
Alguns até tiveram a coragem de dizer "Por que a Sacerdotisa está falando com a Nady?" quando eu diminuí a velocidade para conversar com ela.

"Em qualquer caso, eu sou considerada uma aberração da natureza entre os Lucors. Eu não mereço sua gentileza-" (Nady)
"Não sei muito sobre o seu povo", a interrompo. "Mas não há nada de errado em ser diferente. Quero dizer, tenho quase certeza de que sou a maior aberração da natureza que existe neste mundo" (Mizuha)
"I-Isso é..." (Nady)

Posso purificar zumbis com meu dedo mindinho e limpar água corrosiva e aterrissar apregoando um loogie. Eu sou uma estudante do ensino médio abrigando o poder de uma deusa excêntrica. Eu ganhei a medalha de 【pessoa mais diferente do mundo】 simplesmente por ser de outro mundo.

Enquanto me orgulho da minha singularidade, Cia diz com entusiasmo: "É verdade! Irmã Mizuha é especial!" (Cia)
"Sim, é essa a palavra! Ser diferente significa que você é especial. Não deixe isso afetar você! Pelo menos você pode se consolar sabendo que não a trataremos de maneira diferente. Certo, Cia?" (Mizuha)
"Claro que não!" (Cia)

Nossos sentimentos a alcançaram? Nady parece menos como uma gata nervosa agora.
Eu aceno para ela com minha mão. "Venha aqui e sente-se na minha frente" (Mizuha)

Ela cautelosamente se aproxima e se empoleira onde estou apontando. Examinando-a de perto, parece que a única coisa diferente nela é a cauda e as orelhas. Suas garras não são muito longas e ela tem uma pele sedosa e macia que não é coberta por pelos. No final das contas, ela não é tão diferente de um ser humano.



"Ok, aí vem a água. Feche seus olhos!", aviso enquanto despejo o balde de água quente sobre a cabeça da Nady. Suas orelhas e cauda fofas absorvem instantaneamente a água e afundam.

Ela parece estar copiando a Cia, pois está perfeitamente imóvel com os olhos fechados. É o dobro da fofura com orelhas e cauda de gato.
Penteio o excesso de água do cabelo dela como fiz com a Cia, aproveitando para acariciar suas orelhas peludas. O pelo curto tem uma textura sedosa e não parece nem um pouco artificial - não que eu realmente tenha achado que elas eram falsas. Espero que ela me deixe acariciá-las quando não estiverem molhadas.

"Você pode abrir os olhos agora", digo depois de limpar a água de seu rosto.
"O-obrigada", ela responde timidamente enquanto abre os olhos.
"Incrível... você apenas derramou água em mim e, no entanto, sinto que recebi uma limpeza profunda!", ela está maravilhada enquanto acaricia o rabo.
"Você tem que agradecer a saliva da Irmã por isso", Cia anuncia com orgulho.
"Cia, esse é um detalhe que você poderia ter omitido", eu suspiro.
"Sinto muito, mas não há nada de sujo em você" (Cia)

Eu realmente gostaria que ela percebesse o quanto sua ênfase nesse ponto está fazendo minha autoestima desmoronar. E não é apenas a Cia, mas todos em Grantz que quero fazer entender isso.

"De qualquer forma, é hora de entrar na água! Vamos pegar um resfriado assim", digo isso para mudar de assunto, abrindo caminho para a água no processo.

Nós três sentamos juntas na banheira. Naturalmente, o nível da água subiu mais do que quando somos apenas eu e a Cia.

"Phew... eu me sinto regenerada...", eu deixo escapar um suspiro enquanto a água permeia meu corpo cansado.

Se eu dissesse uma frase dessas na frente de meus amigos no Japão, eles teriam me provocado com 【Oh meu Deus, Mizuha! Você parece um velho!】, mas este é outro mundo. Não serei julgada por minha etiqueta de banho aqui.
Eu absolutamente amo tomar banho. Eles parecem tirar a tensão de seus ossos doloridos. Infelizmente, Nady parece muito tensa para aproveitar. Ela se encolhe na água quando nossos olhos se encontram, tentando submergir até o decote.

"Me desculpe por ser tão grande", ela murmura.
"Eu não estava olhando para você por causa di-" (Mizuha)
"U-Hm, acho que é bom ser grande!", Cia incentiva logo na minha explicação. Foi tão repentino que a Nady pareceu perplexa.
"A Cia aqui quer crescer rápido", eu explico.
"Eu... entendo..." (Nady)

Primeiramente, é a área do peito que a Cia quer crescer rápido. Acho que a figura dela está perfeita do jeito que está agora, mas ela tem uma opinião diferente. De qualquer forma, esse se tornou um dos motivos pelos quais ela agora admira a Nady.

"Você ainda tem muito tempo para crescer", eu digo.
"Mas não tenho certeza de que vou ficar maior", ela faz beicinho, batendo no peito.

Quando ela ficar mais velha, duvido que ela ainda faça esses gestos fofos. De qualquer forma, não quero ver a Cia triste. Espero que ela se desenvolva da maneira que deseja.

"Vocês duas parecem próximas", observa Nady.
"Sempre conseguimos passar um tempo juntos. Ela é a segunda pessoa que purifiquei" (Mizuha)
"Ainda me lembro vividamente da sua mão batendo no meu rosto", Cia cruza as mãos sobre o coração como se lembrando de uma lembrança preciosa.
"F-foi assim para mim também!", Nady exclama, a água espirrando com sua excitação. "Fui envolvida pela luz quando a mão da Sacerdotisa Sagrada tocou meu rosto! Lembro-me claramente do grande choque que se seguiu também..." (Nady)
"Eu sei o que você quer dizer! Não posso acreditar que você passou pela mesma experiência, Senhorita Nady!", Cia e Nady discutem apaixonadamente suas experiências. Eu me sinto completamente fora do circuito.
"Com licença, vocês se importariam de não falar sobre um assunto tão desconfortável para mim?", eu gemo.

Eu não estou batendo neles porque quero. Estou encurralada nisso. Embora haja um momento OCASIONAL em que eu empurro com mais força porque estou assustada.

"A propósito, alguma chance de eu fazer você parar de me chamar de Sacerdotisa Sagrada?" (Mizuha)
"Mas você é muito importante para ser chamada de outra coisa... Eu nem deveria estar falando com você assim" (Nady)
"Mas eu quero ser sua amiga", digo, fazendo seu queixo cair.
"A-amigas?", ela vacila em descrença.
"Sim. Amigas se chamam pelo nome. Vou apenas chamá-la de Nady" (Mizuha)
"P-Pelo nome? Eu não acho que mereço ser tratada de uma forma tão fofa..." (Nady)
"Por que não? Você é muito fofa!" (Mizuha)

Claro, meu mundo e meu país tendem a ver as coisas pequenas como fofas também. Mas isso não significa que pequeno é o único tipo de fofo. Caso em questão, Nady é tão fofa quanto parece para mim. Os outros Lucors também têm orelhas e cauda de gato, mas o pelo dela é especialmente bonito e seus olhos dourados são deslumbrantes. Tudo nela grita 【ela é uma garota legal】!

"Desde o momento em que te vi, eu queria ser amiga. Não está interessada?" (Mizuha)
"Estou - eu estou interessada", corrigiu-se para falar mais casualmente. Em seguida, ela murmura timidamente, "Mizuha..." (Nady)
"Ai está! Agora você só precisa dizer com mais confiança" (Mizuha)
"Não é tão fácil da primeira vez" (Nady)

Eu não posso discordar desse argumento. Além disso, o que importa não é como nos tratamos, mas que nos tornamos amigas. Ela parou de falar tão rigidamente comigo, então estamos no caminho certo.

"Aliás, já decidiu o que quer fazer amanhã, Irmã?", Cia me pergunta.
"Descansar, com certeza. Estou um pouco cansada depois desta última expedição" (Mizuha)
"Entendo", Cia afunda na água, desanimada. Ela parece desapontada.
"O que está errado? Você queria fazer alguma coisa?" (Mizuha)
"Algumas flores muito bonitas começaram a crescer dentro da capital recentemente e eu esperava que pudéssemos ir vê-las juntas" (Cia)
"Oh, se isso é tudo, estou disposto a ir" (Mizuha)
"Você está certa disso? Você não prefere descansar seu corpo cansado?" (Cia)
"Está tudo bem. Só vamos dar um passeio para ver as flores" (Mizuha)

A rigor, tudo está bem, desde que não envolva zumbis.

"Você gostaria de se juntar a nós, Senhorita Nady?", Cia pergunta.
"Eu odiaria interromper seu tempo juntas" (Nady)
"Qualquer amiga da Irmã é minha amiga!", é típico da Cia colocar ênfase extra no amiga.

Tendo perdido sua desculpa, Nady relutantemente concorda em se juntar a nós. Radiante, Cia sugere ainda: "Que tal mostrarmos a capital enquanto estamos nisso?" (Cia)
"Boa ideia!" (Mizuha)
"Hum, você não precisa ir tão longe por-" (Nady)
"As amigas não se seguram uns com os outros, Nady" (Mizuha)

Nunca, até hoje, soube como a palavra amigas poderia ser útil. Nady, cujo rosto estava tenso demais para sorrir todo esse tempo, pisca duas vezes antes de seus lábios se curvarem em um sorriso tímido.

"O-Ok, Sacer- quero dizer, Mizuha" (Nady