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◆ Capítulo 14: Zumbis e Estratégias ◆

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Quero dedicar meu tempo a Cladorca e nossa mais nova ameaça - o dragão - mas os zumbis normais não estão interessados em esperar até que seja conveniente para mim. Depois de me separar do Pino, saí correndo da Capital Real com o Lex porque recebemos a notícia de que zumbis haviam aparecido nos arredores da cidade.

"BWOAAAAH!"

Cinco zumbis avançam em minha direção. Quando cheguei a este mundo, gritei quando estava enfrentando apenas um, mas obviamente, estou acostumada com eles agora. Além disso, não tenho muito a temer durante o dia com o Lex ao meu lado também.

"Vou derrubá-los um de cada vez! Mantenha os outros zumbis sob controle enquanto eu faço isso!", Lex comanda os soldados enquanto ele ataca um zumbi com seu escudo para fora. Assim que desce, ele grita para mim por cima do ombro. "Lady Mizuha!" (Lex)
"Indo!" (Mizuha)

Eu bato no zumbi preso pelo escudo do Lex, e ele começa a brilhar intensamente - um sinal de que o processo de purificação começou. Seguimos em frente para purificar o próximo zumbi sem esperar que o primeiro termine de se tornar humano. Então o próximo e o próximo e o próximo são purificados da mesma maneira. Terminamos de purificar cinco zumbis em um piscar de olhos.

"Peço desculpas por ter chamado você aqui durante o seu dia de folga, Sacerdotisa Sagrada..." (Cavaleiro)
"Por favor, não pense nada sobre isso. Isso não é suficiente para me cansar", eu digo com um sorriso para o soldado abertamente apologético. Disse isso em parte porque não quero que os soldados se sintam culpados por me pedirem ajuda e também porque é verdade.

Observo os soldados cuidando das pessoas recentemente dezombificadas enquanto falo com o Lex. "Talvez seja só eu, mas parece que estamos vendo muito mais retardatários novamente" (Mizuha)
"Na verdade, existem mais do que antes. Talvez eles estejam viajando de outros territórios para cá", Lex olha ao longe.
"Sabe, tenho a sensação de que isso nunca vai acabar se não fizermos nada sobre Cladorca" (Mizuha)
"Você fez um bom ponto, minha senhorita. Você poderia dizer que se estende a todos os outros lugares que deixamos intocados e não apenas a Cladorca" (Lex)

Deusa Sadia disse que algo como o mundo vai se purificar gradativamente, mas acho que 【gradual】 vai demorar mais que uma geração. Tenho certeza de que é por isso que ela concordou que eu ficasse para trás para continuar meu trabalho como Sacerdotisa.
E se isso for verdade, então minha opinião sobre os outros reinos não está errada.

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"Uau! Você encontrou algo assim?" (Rosso)
"Foi horrível! Veja só: é enorme, voa e cospe chamas negras! Mas pior do que tudo isso é o FEDOR! Cheira dez vezes pior do que os Presuntos Desossados!", eu disse.

É o dia seguinte e eu esbarrei em um rosto familiar enquanto caminhava pela rua principal da capital com o Lex. Esse rosto familiar é o Rosso, um ladrão mesquinho que mudou sua vida e se apegou a mim desde que o peguei em flagrante.
Agora ele ganha a vida vendendo o pão que sua irmã mais nova faz. Não sobrou um único rolo no vagão em que ele está encostado. Esta dupla de irmãos dirige atualmente a padaria mais popular da Capital Real, possivelmente por ter sido a primeira pessoa a começar a vender após o período de purificação inicial.

"Apesar de todas as reclamações e perigos que você enfrentou, você ainda vai purificá-los. Você nunca para de me surpreender, Chefa!" (Rosso)
"Você também acha que estou sendo louca, Rosso?" (Mizuha)
"Bem, sim. Mas é algo que você faria!" (Rosso)
"Sério? Não me lembro de ser o tipo de pessoa que corre em direção ao perigo". Aparentemente, foi uma revelação chocante porque o Rosso e o Lex compartilham um olhar cético.
"Claro que você pode reclamar enquanto faz isso, mas você sempre salta de cabeça no perigo. Você não concorda, Chefe?" (Rosso)
"Eu concordo. Você não apenas participou de incontáveis expedições de purificação, mas também subjugou o Djinn das Trevas. Sem mencionar que você ficou para trás para salvar este mundo" (Lex)

Eu não posso discutir quando ele dá tantos exemplos. Mas, dito de outra forma, essas são todas as coisas que escolhi fazer por minha própria vontade. Isso não é uma coisa ruim - ou eu gostaria de pensar que não.

Rosso deixa sua carroça para ficar na minha frente. Ele bate com o punho direito no peito como se para simbolizar que posso contar com ele. "Por favor, certifique-se de me visitar antes de sair. Estou ajudando minha irmã a assar pão agora, mas não parei de ser seu subordinado" (Rosso)
"Obrigada, Rosso. Mas você pode parar de se chamar de meu subordinado" (Mizuha)
"Eu nunca vou parar!" (Rosso)

Gostaria que ele entendesse como é estranho ser chamada de Chefa por um homem mais velho. O mais perturbador é que parei de achar isso tão estranho quanto no começo. Apavorante!

"Eu ficarei honrado se Sir Rosso se juntar a nós" (Lex)
"Chefe! Então, novamente, não tenho certeza se há muito que posso fazer por vocês" (Rosso)
"Mas há. Sua agilidade é inestimável para qualquer missão" (Lex)
"Nesse caso, vou tirar o melhor proveito dessas pernas e dançar em volta de qualquer obstáculo para vocês", Rosso dá uma pequena dança depois de ouvir o elogio enfático do Lex por sua habilidade. Nunca consigo acompanhar esses dois, mas isso não muda o quão confiáveis eles são. Se tudo correr de acordo com o planejado e recebermos a aprovação para decretar a Operação para Purificar Cladorca, vou aceitar a oferta do Rosso.
"É melhor eu começar logo", Rosso diz, levantando a alça do vagão.
"Oh, desculpe por segurar você aqui" (Mizuha)
"Não se preocupe, Chefa. Estou feliz por ouvir o que vocês têm feito ultimamente. Ah, sim, esqueci de mencionar que minha irmã mais nova está atrás de mim sobre fazer com que você experimente o pão mais saboroso dela. Por favor, apareça para comer algo da próxima vez que você tiver a chance" (Rosso)
"Sério?! Diga a ela que estou ansiosa para experimentar!" (Mizuha)
"Eu vou!", ele responde alegremente e puxa sua carroça rua abaixo.
"Você parece feliz, Lady Mizuha" (Lex)
"Normalmente, eu negaria, mas terei que admitir desta vez" (Mizuha)

Rosso disse que participará de uma operação perigosa para gente como uma garotinha normal como eu. Isso me enche de mais alegria do que de culpa.
Retomamos nossa patrulha casual da capital até que nosso curso nos leve perto de onde ouço batidas nítidas familiares - eles estão vindo dos campos de treinamento. Dou uma espiada de fora e avisto pessoas baixas disparando flechas.

"Os Lucors vieram treinar de novo hoje?" (Mizuha)
"O aparecimento de pássaros zumbis seguidos de dragões tornou a guerra antiaérea ainda mais vital para a nossa sobrevivência, então haverá uma ênfase maior nas habilidades de arco e flecha a partir de agora", explica Lex.

Mais da metade das flechas que os Lucors dispararam acertaram o dragão. Infelizmente, nenhuma travou, mas uma vez que isso for resolvido com o plano do Pino, o arco e flecha será fundamental para o sucesso em nossa próxima batalha. Seria ótimo se suas habilidades puderem ser transmitidas a mais pessoas.

"É melhor não pedir sua ajuda com a Operação para Purificar ainda, certo?" (Mizuha)
"Eu acho que não, minha senhorita. Você só deve trazer isso à tona depois que for oficialmente decidido, para não criar confusão desnecessária" (Lex)
"Isso é o que farei então. Ei, tudo bem se eu checá-los um pouco?" (Mizuha)
"É claro" (Lex)

Só assim, minha patrulha me levou para dentro do campo de treinamento. Quanto mais perto eu chego da ação, mais intensos os sons se tornam. Desta vez, porém, não estou aqui para observar ou experimentar.

"Olá. Você viu a Nady por acaso?", eu pergunto a um jovem Lucor sentado em um canto fazendo uma pausa.
"... Ela não está aqui" (Lucor)
"Eu entendo. Por acaso você sabe onde ela está?" (Mizuha)
"Não sei nada sobre a covarde que não conseguiu atirar para salvar a Sacerdotisa Sagrada", diz ele, mas em tom é terrivelmente farpado. Isso me irrita da maneira errada.
"Isso tem me incomodado por um tempo, mas por que vocês todos falam tão mal da Nady? Vocês não são da mesma tribo?" (Mizuha)
"Aquela gigante não é uma Lucor!", outro jovem Lucor veio até nós apenas para dizer isso. Eu só posso ouvir isso como uma falação proposital. Além disso, ele está fazendo a Nady soar como uma pessoa de fora. Eu não posso deixar seu comentário passar.
"Não há ninguém no mundo que tenha exatamente o mesmo rosto ou tipo de corpo - é errado menosprezar alguém apenas porque é de uma altura diferente", eu repreendo.
"Agradeço-te, Sacerdotisa Sagrada. Mas você não tem o direito de se intrometer em questões envolvendo nosso povo" (Lucor)

Certamente sou uma terceira parte em seus problemas, mas a Nady é minha amiga. Não posso deixar esse preconceito passar, e nem quero. Lex tenta mediar entre nós, mas estou muito irritada para recuar.

"O que vocês estão fazendo?" (Theos)
""Ch-Chefe...!"" (Lucors)

Estávamos fazendo muita cena? Theos veio correndo do campo de tiro com arco. Os jovens, que se reuniam para fazer comentários ou assistir, todos se dispersam diante de seu rosto severo. Eles parecem tão insatisfeitos com nossa conversa quanto eu, mas nem mesmo eles querem que essa discussão exploda mais do que já explodiu. Os dois principais criadores de problemas se curvam uma vez e vão embora.

"Você está bem, Lady Mizuha?" (Lex)
"Sim. Desculpe por fazer uma cena, Lex" (Mizuha)

Eu nunca fui capaz de ficar sentada assistindo alguém criticar uma amiga. Eu continuo dizendo a mim mesma que preciso parar de ficar tão nervosa o tempo todo, mas nunca faço nada para mudar isso. Eu exalo minha raiva reprimida.

"Peço desculpas profundas por eles terem ofendido você, Sacerdotisa Sagrada", diz Theos, baixando a cabeça para mim.
"Eu sou aquela que lamenta ter ficado exaltada. Tudo bem se eu te fizer uma pergunta?", Theos acena com a cabeça. "Você notou que todo mundo fala mal da Nady, tenho certeza, não é?" (Mizuha)
"... Claro que sim. A culpa é minha: desde sua incapacidade de se confundir com os outros até sua personalidade tímida", enquanto fala, a tristeza invade seu rosto. Ele treme ao apertar dolorosamente as mãos. Há mais nisso do que aparenta.
"Você sabe onde a Nady está?", eu pergunto, para mudar de assunto. "Eu quero ter uma conversa adequada com ela..." (Mizuha)

Eu não sei nada sobre a Nady. Nunca sei o que a preocupa, apesar de sermos amigas. Portanto, quero aprender mais - para o nosso bem.
Depois de pensar um pouco, Theos concorda, talvez porque tenha percebido minha determinação.

"Eu tenho uma ideia de onde ela possa estar. No entanto... você poderia me ouvir antes de eu te contar?" (Theos)