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Ato 1 - Nós Almejamos o "Comum" Vindas do Fundo do Abismo





Flamm e Milkit foram fazer compras na ala central, como haviam discutido no dia anterior. Flamm mudou de suas roupas surradas para uma simples combinação de camisa e calça. Comparado a antes, sua aparência esta muito melhor. Milkit estava de pé em um camarim. A roupa que ela vestiu era...

"Isso está realmente bom?", Flamm perguntou.
"Eu que deveria estar perguntando isso. Comprando roupas tão caras" (Milkit)
"O dinheiro não é um problema, graças ao Anzu. É apenas..." (Flamm)




Milkit esta usando roupas de serviço pretas decoradas com rendas e com babados na saia e no busto. Embora rotulado como roupa de empregada doméstica, parecia difícil usá-la e desempenhar as funções de empregada doméstica, portanto, poderia ser algo destinado a uma pessoa com um hobby específico. A impressão geral contrastava bastante com o curativo que cobria o rosto da Milkit.

"Essas eram as roupas que eu via com mais frequência, então pensei que queria usá-las um dia" (Milkit)

Quando Flamm perguntou para Milkit se ela tinha roupas que ela queria vestir, foi isso que ela escolheu. Mesmo que não tenha sido um desejo forte mas um desejo vago e fino, Flamm ainda queria apoiar a escolha de Milkit.

"Bem, certamente parece fofa" (Flamm)
"Acho que sim. É um design legal, certo?" (Milkit)
"Não é só isso. Combina com você e você parece fofa. Balconista!" (Flamm)

Milkit corou quando Flamm disse algo embaraçoso. No entanto, Flamm não percebeu, pois estava concentrada em chamar a atenção da bonita funcionária que estava um pouco distante.
A balconista se aproximou. Uma expressão feia cruzou seu rosto quando seu olhar passou pela marca de escravo, mas ela imediatamente travou seus traços em uma máscara neutra. Não era porque ela era uma boa pessoa, mas porque ela já havia trocado palavras com Flamm quando elas entraram na loja.
Naquela época, sua reação foi mais flagrante. Mesmo assim, estava longe de ser tão ruim quanto o tratamento que Flamm havia recebido na guilda. Flamm também estava se acostumando a lidar com essas situações. Ela precisaria, pois a sua marca de escravo não desapareceria tão cedo.

Flamm terminou de pagar e as duas deixaram a loja. Uma garota em um vestido de empregada com um curativo cobrindo o rosto e uma escrava com uma luva ensanguentada pendurada na cintura escorregaram na multidão em suas compras. Elas realmente chamavam a atenção. No entanto, a rua principal da Ala Central estava cheia de compradores e turistas de fora. Não como resultado de feriados ou festivais especiais, mas apenas como resultado de um dia comum. Em tais circunstâncias, por mais incomuns que fossem duas pessoas, elas logo desapareceriam na multidão. Flamm teve que segurar firmemente a mão de Milkit para garantir que elas não fossem separadas.
as duas tinham muitas coisas para comprar. Elas eram duas pessoas que não tinham nada, começando a vida do zero. Mesmo que trouxessem para casa as bagagens em suas mãos, não conseguiriam obter tudo o que precisavam para a vida cotidiana em uma única viagem. No momento, elas se concentraram em comprar as coisas de que precisavam imediatamente.

A coisa mais urgente era comprar roupas, o que elas fizeram primeiro. Depois disso, foram comprar sapatos, escovas de dentes e material de banho. Flamm também queria uma mochila que pudesse usar como aventureira e precisava economizar o suficiente para comprar a refeição da noite.
Ela tinha dinheiro suficiente para isso, pelo menos. Embora tivessem uma margem financeira, não tinham tempo de sobra. Uma e outra vez, elas entraram em uma loja, rapidamente pegaram o item que precisavam e o compraram. Foi um dia agitado, mas foi uma experiência valiosa para a Milkit que nunca tinha feito compras antes.

"Obrigado!" (Escravo)

As duas saíram da loja com uma rara despedida educada de um escravo que trabalhava na loja. Elas dividiram suas compras entre elas e saíram de mãos dadas enquanto caminhavam para a rua principal.

"Comprar coisas é divertido, não é?", perguntou Flamm.
"Sim. Embora tenha cometido grandes erros com coisas que nunca havia visto antes", disse Milkit.
"Quando vi que você queria comprar talheres de alta classe que acabaríam com todas as nossas economias, fiquei preocupada" (Flamm)
"Ah, desculpe, eu não li o preço" (Milkit)

Milkit parecia envergonhada. Vendo uma coisa dessas, Flamm parou as duas. Olhando para cima, ela viu uma placa que estava procurando pendurada em uma loja próxima.

"Mestra?" (Milkit)
"Podemos fazer uma pausa?" (Flamm)
"Sim, claro" (Milkit)

Flamm havia encontrado a maior livraria da capital. Ao passarem pela entrada da loja, elas viram uma cópia das escrituras da deusa Origin em exibição.
Na história do reino, era a igreja que sempre possuía o maior número de livros. Além disso, a educação para crianças era frequentemente conduzida na igreja. Assim, a tecnologia de impressão foi desenvolvida em conexão com as necessidades da igreja. Mesmo agora, a igreja tinha um relacionamento próximo com as gráficas e livrarias do reino.
Até esta loja tinha um sinal que incluía um símbolo da deusa Origin. No entanto, isso não ocorre porque a loja estava conectada à igreja, mas porque as escrituras eram um dos itens mais vendidos.
Flamm e Milkit não faziam parte de nenhuma religião. Flamm as conduziu além das escrituras e em direção a uma estante de livros na parede oposta, contando com um mapa-guia postado em um pilar próximo.

"A Mestra lê livros?" (Milkit)
"Oh, não é para mim", disse Flamm.

Ela puxou um livro da estante e verificou a capa enquanto Milkit olhava confusa.

"Então para quem é?" (Milkit)
"Eu disse que te ensinaria a ler e escrever. Como recebi dinheiro suficiente antes do que esperava", disse Flamm, "achei que deveríamos começar o mais rápido possível" (Flamm)
"Você estava falando sério?" (Milkit)
"Você achou que eu estava brincando?" (Flamm)
"Nunca pensei que uma escrava azarada como eu aprenderia a ler" (Milkit)

Flamm se acostumou com a atitude de Milkit. Em vez de confrontá-la diretamente, ela pretendia contornar pelas bordas. Ela queria aumentar a confiança da Milkit, então ela parou naturalmente de usar essas palavras.

"A Mestra quer que eu seja independente?" (Milkit)
"Não pensei tão à frente assim", admitiu Flamm.
"Mas você tem a capacidade de viver sozinha, com seu conhecimento e experiência" (Milkit)

Milkit parecia desconfortável. Flamm, entendendo seus sentimentos, adotou um tom depreciativo.

"Mesmo que pareça confiante, não tenho certeza de que poderia viver sozinha" (Flamm)
"Você disse algo assim antes" (Milkit)
"Você não confia em mim?" (Flamm)
"Na verdade, não sei o que é confiança, mas acho que ficarei com a Mestra o maior tempo possível" (Milkit)
Flamm riu. "Bem, você pode dizer que uma pessoa confiável, bem, desde que eu confie nelas, quero ficar ao lado delas" (Flamm)
"Isso é confiança..." (Milkit)

Milkit deu um tapinha no peito enquanto tentava sentir a forma de suas emoções. Às vezes, ao conversar com Flamm, ela sentia o peito apertar. Só de saber que o nome desse sentimento era "confiança" não significava que seu medo de traição e perda simplesmente desapareceriam. No entanto, ela sentiu um fardo sair de seus ombros.
Flamm terminou de escolher o livro que queria e o comprou. Era um livro de referência para crianças que parecia perfeito para ensinar a Milkit. O livro em si não era barato. Milkit ficou surpresa com o custo, mas Flamm pagou antes que ela pudesse protestar.


◇ ◇ ◇



No final do dia, as duas haviam comprado tantas coisas que suas mãos estavam completamente cheias carregando suas compras. Assim, não era possível para elas darem as mãos mais. Felizmente, à medida que se aproximavam da Ala Oeste, as multidões começaram a diminuir, então elas não precisavam se preocupar em se separar.

"Você gastou muito dinheiro comigo", disse Milkit. Ela parecia se sentir mal por gastar mais dinheiro com ela do que com a Flamm.
"Não se preocupe com isso. Sua felicidade é a minha felicidade" (Flamm)
"Eu não entendo" (Milkit)
"Quando penso que fiz alguém feliz, também me sinto feliz" (Flamm)
"Eu ainda não entendo" (Milkit)

Milkit nunca experimentou a ideia de se tornar feliz ajudando os outros. Seus mestres anteriores às vezes a tratavam gentilmente. No entanto, nunca foi com boas intenções. Em vez disso, era apenas para deixá-la feliz para que pudesse ser derrubada. Esse tipo de coisa era muito mais dolorosa do que simples abuso violento e muitas vezes levava escravos ao suicídio enquanto seus donos riam.
Depois que Milkit experimentou essas coisas repetidamente, suas emoções gradualmente ficaram entorpecidas. Era uma questão de legítima defesa. Talvez Flamm não a trairá. Ainda assim, era difícil para Milkit aceitar que Flamm apenas desejava que ela fosse feliz.

"Bem, você deve se acostumar pouco a pouco, então acho que você entenderá", disse Flamm.
"Você pode esperar até eu me acostumar com isso?" (Milkit)
"Eh, não" (Flamm)

Flamm deu-lhe um sorriso completo. Milkit sentiu o peito apertar novamente. Mas Milkit ainda não havia percebido por que Flamm não queria esperar. Ela só perceberia depois.
As duas se distraíram da conversa quando um homem gritou atrás delas.

"Pare, ladrão!" (Homem)

Havia um tom de desespero em sua voz. Enquanto ele gritava, dois homens passaram correndo por Milkit e Flamm.

"Aqueles dois?" (Flamm)

Flamm os reconheceu. Eles eram aventureiros que estavam bebendo com Dain quando ela visitou a guilda.

"Mestra, a bolsa que eles têm - aquele é um item de luxo, não é?" (Milkit)
"Certamente, não é algo que esses dois comprariam", disse Flamm. "Acho que vou ficar um pouco fora. Milkit, olhe nossas coisas" (Flamm)
"Sim" (Milkit)

Flamm pousou as malas que tinha nas mãos e abaixou a postura antes de sair correndo atrás dos dois homens. Enquanto corria, pegou a luva pendurada na cintura e a vestiu. Não fez nada para torná-la mais rápida, mas não faria mal aumentar sua força.
A julgar pela velocidade dos dois homens, eles eram aventureiros classe D. Eles não eram rápidos o suficiente para escapar de Flamm com suas estatísticas aumentadas pela { Zwei Hander, A Comedora de Almas }. Um dos homens olhou por cima do ombro antes de xingar.

"Droga, é aquela escrava!" (Aventureiro)

Percebendo que eles eram muito lentos para fugir de maneira limpa, os dois se separaram. Flamm não teve escolha senão desistir de um deles. Após um breve momento de hesitação, ela foi atrás do que estava com a bolsa.
Ela o alcançou em segundos. Depois de correr, ela se plantou na frente dele e levantou os punhos. O homem sacou uma adaga ao mesmo tempo em que preparou um feitiço.

"Bola de Fogo!" (Aventureiro)

O feitiço é de nível baixo. Ele viajava devagar e seu poder era baixo. Flamm evitou, inclinando o corpo. O homem correu com sua adaga, provavelmente pretendendo usar a bola de fogo como isca.
Não adiantava contra Flamm. A adaga parecia estar vindo para a frente em câmera lenta. Flamm simplesmente agarrou seu pulso e o segurou com força. Ela sentiu uma rachadura maçante através de sua luva.

"Aaaaah!" (Aventureiro)

O homem gritou de dor quando seu pulso dobrou na direção errada. Quando Flamm o soltou, ele largou a adaga e caiu no chão. Parece que o efeito de aumentar a força era maior do que ela esperava.

"Oh, oh, dói... me ajude!" (Aventureiro)
"Você realmente espera simpatia?" (Flamm)

Flamm mal lançou um olhar para o homem segurando seu pulso quebrado em agonia antes de recuperar a bolsa roubada. Ela se voltou para o legítimo proprietário, mas parou quando ouviu um estrondo vindo da direção em que o outro homem tinha fugido. Ao mesmo tempo, ela ouviu uma voz gritar.

"Animais!" (???)

Flamm pensou que ela estava sozinha perseguindo os ladrões. Agora, olhando na direção do barulho que ouviu, ela viu uma figura aparecer, arrastando o outro ladrão atrás dela pelo pescoço.
Surpreendentemente, a figura era uma garotinha que parecia ter cerca de dez anos de idade. Seus cabelos loiros dourados caindo sobre o roupão branco limpo eram a imagem da inocência, contrastando fortemente com a enorme maça sendo carregada sobre o seu ombro. A menina era baixa e dava a impressão de uma criança pequena brincando com seus brinquedos. No entanto, o homem que ela estava arrastando atrás dela foi claramente espancado até a submissão com um instrumento contundente.
Inegavelmente, seu poder era real.

"Freira de Origin..." (Flamm)

Não havia outras mulheres no reino como elas. Maria, um membro do time da Heroína, se vestia de maneira semelhante e também era surpreendentemente eficaz em lutas corpo a corpo. A maioria das pessoas que imaginava as freiras de Origin pensava em mulheres gentis que curavam com magia de recuperação, mas a igreja também ensinava técnicas de luta para que elas destruíssem os demônios.
Essa garota tinha uma expressão sonolenta no rosto ao se aproximar de Flamm.



"Hum, esse cara também foi capturado?", ela disse antes de rir. "Muito obrigada" (Freira)

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